segunda-feira, 17 de maio de 2010

Internado


Tantas vezes vai o cântaro à fonte, que um dia se parte, e tantas vezes vai o S. às urgências, que um dia lá fica... sábado foi o dia.

Tudo começou na sexta: mais uma sessão de vómitos intermitentes, noite dentro. Tudo o que entrava saía. Água, Ice-Tea... nada, nada. A manhã chegou, depois de muita esfregona, e tudo na mesma. Estava decidido, vamos às urgências... vai daí, e o rapaz caiu num sono profundo. Entretanto já tinhamos activado o plano B: Titi lá em casa para tomar conta da S, que durante um par de horas vamos para a CUF.

Mais uma vez, percorremos o caminho que nos é tão conhecido. Não estava mau, havia poucas crianças. Isto é capaz de não ser muito demorado, pensei eu ainda ignorante face ao que estava para acontecer.

Chamados pelo médico, lá contámos o que se tinha passado com o nosso petiz nas útlimas horas, na esperança que não viesse outra amigdalite a caminho (sim, que dessas é que eu tenho medo..).

O médico alertou-nos, que teriamos que fazer o Priperan, o açucar e o soro de 5 em 5 minutos até repormos os líquidos... já estava, a tarde de caracóis que já só era uma miragem, definitivamente tinha ficado para trás, mas o pior ainda estava para vir. Mais um vómito, e nem priperan, nem açucar, nem soro... o estomâgo do rapaz era um trampolim: tudo o que lá tocava saía.

Com o estado dele a piorar a olhos vistos, e com uma enfermeira parva a mandar-nos esperar, puxei dos galões de mãe, e lá fui queixar-me porque o rapaz estava mesmo a desidratar. E o resultado, foi simples: hidratação intra-venosa...

Por esta altura, já não via, nem tarde, nem noite de sábado, e o que queria era que o pequenote ficasse bem, e se possível, depressa. Lá o preparámos, com batinha de hospital, agulha no braço e vamos para o SO, que vai ser a nossa casita por umas horas. Só quando o vi, de batinha vestida me apercebi, que o meu pequenote estava efectivamente doente. Foi aí, que conscializei que o meu bebé ía ficar internado... só me apetecia chorar,e trocar de posição com ele, para que não lhe fizessem mais maldades.

Foi por essa altura que pensei, naqueles pais, que não perdem só uma tarde de sábado... perdem semanas, meses a fio com os seus petizes em Hospitais. O meu estava ali, mas era coisa pouca, e eu naquele estado... não consigo imaginar a dor de viver assim, muitos e muitos dias. É horrível. Explicar-lhe que está a beber água mágica, por um tubinho no braço... e que não podemos ir para casa, só quando estivermos bons,... dói no coração.

Mas ainda a procissão ía no adro: análises ao sangue, constataram que apesar do aspecto dele ser bom, estava bastante desidratado e aquela tinha sido a melhor opção.

Passou-se a noite, e a manhã já com a vovó Ju, que é mais que um remédio para ele ficar bom. Por volta da hora de almoço começamos a introduzir sólidos, e assim fomos, devagarinho até às 16h, quando tivemos alta... mas era só o ínicio de mais um ciclo...

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