sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Um banho sem chorar

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Até hoje, se havia momento de tortura, era o banho: sempre, sempre a chorar. Sem dúvida o pior momento do dia. Mas hoje tudo mudou: depois do conselho da médica demos-te benho com a barriguita cheia, e voilá! Não que tenhas gostado muito, mas pelo menos foi uma banhoca em silêncio.

Veremos se a receita resulta amanhã.

A primeira consulta

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Ontem fomos à médica pela primeira vez. Portei-me muito bem... não chorei, estive risonho e nem me importei que me despissem... sempre que vou ao hospital porto-me bem para os papás não me deixarem lá!!

Sou um bebé com muita vitalidade, apesar de ser grandote... a médica diz que os bebés grandes são pastelões, mas eu sou diferente: mexo-me muito!!! Já era assim na barriga da minha mãe, e agora tenho mais espaço, que bom!

Levantei a cabeça, caminhei e segui os sons. Sou um bebé saudavel e robusto, e só com o leitinho da minha mãe!

domingo, 25 de novembro de 2007

Já passou uma semana...

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Era uma noite fria, talvez a primeira do ano que me obrigou a uma mantinha no sofá durante as minhas investidas nocturnas na sala que o teu pai apelidava de 'fazer grupinhos à parte'. Ali estávamos os dois, como nos tinhamos habituado nos últimos tempos: quentinhos à espera que mais uma manhã chegasse e quem sabe tu desses sinais de querer vir ao mundo. Mas no longo caminho entre a cama e o sofá entoavam as palavras do médico há poucas horas atrás: "Da forma que isto está... talvez para a semana... induzimos lá para domingo... vá para casa e descanse..."

Sem te conhecer, já tinha saudades tuas, e estes comentários do médico tinham-me deixado triste... valente caminhada que eu tinha dado na baixa lisboeta durante toda a tarde, e mesmo assim nada... só as malditas castanhas é que não me deixavam dormir!!

As horas passavam e o mau estar ia e vinha..."que raio de dores estas que quando parece que passaram, voltam em grande força... espera lá... estão ritmadas...ups... de 10 em 10 minutos?? Será que é isto uma contracção?... São 7 da manhã não vou deixar o teu pai ir para o treino e eu ficar aqui sozinha!!! E se tu nasces??"
Todos estes pensamentos e o pânico a eles associado se desvanesceram com a calma que caracteriza o teu pai... "são contracções coração... mas são normais. Mantém-te calma".

E assim foi, num tom descontraido preparámos tudo com calma e por volta do meio dia lá fomos caminhando para o hospital, com uma intensa boa disposição e com uma esperança enorme que o momento de te conhecer estaria para muito breve.

Se até ao hospital tudo foi sereno, depois da epidural tudo foi paz... sem dores, com muito boa disposição e com a família em volta passaram as horas necessárias para que o teu caminho para o mundo se preparasse... Por volta das 18h tudo estava pronto... mas o médico tardava...
O teu pai e os teus avós estavam mais nervosos que eu e quando levei a última dose de epidural todos respiraram de alívio: estava quase!!!

Pelas 19h levaram-me para a sala de partos e vestiram o papá de médico... Enquanto esperávamos pelo médico, escolhemos a música com que chegarias ao mundo: Andrea Bocelli (foi o que se arranjou...) às 19h20 chega o (quase) mais esperado: o médico!! Não resisti: "Dr. parece uma noiva!! Estamos todos à sua espera!!"

Os 5 minutos que se seguiram foram um misto de sonho e realidade, de ausência e presença: Vi-te, senti-te e ouvi-te. Eras grande!! Levaram-te, mas o teu pai nunca te deixou... e eu relaxei. Estavas bem: "que grande rapagão! 4.055Kg. Parabéns mamã! O papá parece uma criança babada, etc, etc". Relaxei, não tive pressa de te ver... "vou ter o resto da minha vida para estar com ele" disse à enfermeira. Só queria que tivesses bem e quentinho... quando te trouxeram foi estranho... uma alegria tão grande que nos abafa os sentimentos. Ao contrário do teu pai, sempre efusivo e entusiasmante, amei-te em silêncio, adorei-te de olhos fechados e agradeci a graça da tua existência, tão pequenina e tão perfeita. Deitaram-te junto a mim, e desde esse instante todo o meu mundo mudou.

Sê feliz meu pequenote!!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

E no fim, não eram só gases!!

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Afinal eram um puto que lá estava! E grande!!


A tua mãe no Sábado acordou-me às 7 da manhã com a desculpa que não tinha dormido desde as 5 com cólicas! Tinham-lhe caído mal as castanhas da véspera... O mais interessante é que vinham de 10 em 10 minutos!...
Com essa é que ela me acordou!
"10 em 10 minutos??? Tens a certeza???" perguntei eu. Mas mesmo antes de ela responder que sim, eu já sabia a resposta: tinham-me estragado o meu sábado de artes marciais. O teu pai ia passar o sábado inteirinho a ouvir a mãe a chamar-lhe nomes, que nunca mais lhe tocava, que a culpa era dele, e outros impropérios que tais!
Assim, iniciei de imediato as contra-medidas necessárias. Brincadeiras, muita calma (aparente) e método na preparação das coisas para levar para o hospital. Tudo para não haver desculpas da culpa ser dele... "EEEUU?? Eu sou tããoo querido... Até te levo a mala..."
Ainda com a remota esperança que fosse mesmo das castanhas, lá saímos para o hospital de imbambas às costas, com rigor na contagem para que as contrações, agora de 4 em 4 minutos, fossem poucas daqui até ao hospital! Não que fosse longe, cinco minutos a pé chegaram!!
Lá consegui que a tua mãe fosse atendida, e eis que a notícia chega: "3 cm de dilatação! Já não sai daqui hoje..." disse o médico de serviço. Ora, ora, da tarde de trabalhos já não me safava!
Mas eis o volte-face do enredo, antes mesmo que me apercebesse, estava a tua mãe a levar a epidural.
Oh! maravilha da ciência moderna! Nem uma dor!! Eu via as não-dores a virem e irem, no pequeno ecrã do CTG, e com cada uma menos uma agressão a sofrer!! Sim, porque isto de sofrer no parto não é só para as mulheres, sofremos nós também por tabela.
E há medida que as horas iam passando, galhofando íamos todos, teus avós incluídos, para a hora em que nos irias conhecer.
Estava já eu embriagado com o alívio anterior, ao qual não me canso de chamar maravilha, quando surgiu. Leve e lenta mas seguramente, ia crescendo dentro de mim: o nervoso miudinho do pai que espera o seu filho.
Primeiro, era o médico, esse desclassificado, que não chegava! Que interessava que estivesse de folga?? No dia do MEU FILHO NASCER??!!?
Depois as enfermeiras, que não me diziam de 10 em 10 segundos, intervalo mínimo aceitável para um serviço da mínima qualidade!, cada milímetro que iamos ganhando até chegar à sala de parto!
E para matar, de novo o médico, agora inqualificável!!, que ao entrar, TARDE, na sala de parto se digna a dizer: "Eh lá!! Essa barriga está tão alta! Se calhar temos que fazer uma cesariana."
O coração do teu pai ainda é jovem e saudável, foi o que o salvou, porque o mais leve indício de endurecimento das coronárias ter-te-iam feito orfão mesmo antes de nascer.
Agora completamente desconcertado, lá consegui manter a câmara de video direita na mão sem a deixar cair. Esforço hercúleo, filmar estava fora de questão!
Profissionais como são, a equipa ignorou mais um pai desnorteado, mantido no seu canto neutro onde não poderia fazer grandes estragos quando (e não se) desmaiasse. Armados de uma ventosa e de um braço forte da parteira de serviço (pergunto-me se será um pré-requisito), em menos de 3 minutos estavas cá fora...
"Espera aí..." pensei eu, "está cá fora... ESTÁ CÁ FORA!!!". Como uma fénix erguida das cinzas, eis que os braços flácidos e derrotados ganham de novo vida! Filmar, filmar, regista os primeiros momentos do teu filho! Não penses, AGE!! Esquece o pânico, regista para que não te esqueças e para que a mãe do teu filho veja também os seus primeiros momentos! Minha nossa, 4kgs!!!

Tudo se apagou, tudo perdeu importância, tudo era paz. Estavas ali, estavas vivo e eras perfeito.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O Jantar de sábado

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A todos os que participaram no jantar de sábado um muito obrigado. O objectivo de juntar os amigos foi atingido, mas ao contrário de muitas expectactivas o S não decidiu nascer no dia da grande inauguração. Cada vez está maior, mas por enquanto mantém-se no seu ninho quentinho sem sinais de querer sair... afinal de contas o contrato é para 9 meses, e se ele sair à mãe é muito cumpridor e exigente com os prazos!

Apesar de tudo, o carinho demonstrado por todos os que nos visitaram, é de certeza um excelente cartão de visita para que o S se sinta sempre acarinhado e entre amigos.

Beijos e Abraços para todos!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

E às 38 semanas...

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... continuamos à espera!

Tanto ameaçaste que irias sair mais cedo e afinal nada!! Brincalhão! Já nos preparámos para que só dês sinais de querer largar o ninho lá para 21 de Novembro, aliás como já combinámos, esta semana nada de brincadeiras que o médico está de férias!

Apesar do peso ser muito, os inchaços incriveis, e as dimensões desmesuradas, estou preparada para a recta final. Aproveita estas duas semaninhas para te tornares forte e saudável, e como temos combinado, quando chegar a hora de sair, toca a sair rapidinho!!!

Beijos meu 'grandalhão'
 

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